Referência em especialidades como transplantes e nefrologia, o hospital, que fica no bairro de Bonsucesso, na zona norte da cidade, sofreu mudança de gestão em outubro. A administração era feita diretamente pelo Ministério da Saúde e passou a ser controlada pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC).
Na ocasião, dos 412 leitos existentes, mais da metade – 218 – estavam fechados por motivos que iam de falta de funcionários e equipamentos a questões de infraestrutura predial. O funcionamento da unidade era aquém da capacidade, com o atendimento de emergência suspenso há seis anos.
Desde então, o GHC passou a receber verbas do ministério e tinha o objetivo de reabrir leitos e a emergência dentro de 90 dias, prazo que se esgotaria no domingo. Foram feitos investimentos como cabeamento de energia, instalação de seis grandes geradores, contratação de funcionários, compra de equipamentos e obras no prédio de 42 mil metros quadrados de área construída.
“Vou dar um exemplo: telhados onde chovia dentro”, citou o diretor-presidente do GHC, Gilberto Barichello. Em 2020, um incêndio forçou a retirada de quase 200 pacientes que estavam internados no hospital.
Ao todo, o ministério vai investir R$ 263,7 milhões no Hospital Federal de Bonsucesso, sendo R$ 45,5 milhões em 2024 e R$ 218,29 milhões em 2025.
Dos 100 leitos reabertos, 88 são de enfermaria, que atinge 80% de sua capacidade, sendo 58 no bloco cirúrgico, 20 clínicos e dez de pediatria. Doze são de unidades de terapia intensiva (UTI).
A emergência ainda não foi reaberta. A expectativa da direção é restabelecer o atendimento emergencial e entregar mais 118 leitos até o fim deste mês de janeiro.
O GHC é uma empresa pública vinculada ao ministério e tem histórico de atuação em Porto Alegre, onde está à frente de quatro hospitais, além de postos de atendimentos.